quinta-feira, 28 de julho de 2011

Homens Complexos

     Às vezes ouço as pessoas falando das mulheres e de como elas são complicadas. Pois bem, estou escrevendo este texto pra fazer justiça as minhas amigas mulheres, companheiras de tantos gostos e opiniões. Eu, em particular, serei nada mais que uma testemunha depondo neste julgamento sem réu e sem veredicto, mas mesmo assim, acho que tem coisas que eu deveria falar.
     Pra começar, vou falar de um garoto que a muito chamei de “Minhas Esmeraldas” (um rasgo de criatividade oriundo de uma súbita paixonite aguda). Nem vale a pena detalhar esta historia como um todo, mas posso dizer que foi uma das primeiras. Ele era lindo, meu Deus! (E ainda é.) Por que terminamos? Ora, por que nem começamos! Foi meu primeiro não. Nunca chorei tanto na vida. Minha festa de formatura foi uma catástrofe! Ele, bêbado, deu em cima de mim umas duas vezes, alem do épico e inesquecível coraçãozinho na janela embaçada, com direito a beijinho, flechinha e “eu te amo”. Engraçado, né: Na data nem me dei conta do tanto que isso era infantil.
     Segundo cara de quem eu vou falar... Ah, este é ótimo. Sabem aqueles caras que sabem francês, recitam Charles Baudelaire na sua orelha e ainda por cima são morenos, altos e incrivelmente atraentes? Então, este foi o que motivou aquele meu texto que começava com “Tu és espelho meu, mas distorcido”. Na noite em que nos conhecemos, eu estava com duas amigas minhas, e n dia seguinte só faltava as duas me decapitarem. Diziam que ele tava me dando mole e elas estavam todinhas na dele. Uma delas até namorou com ele depois. Às vezes acho que ele fala umas coisas pra me provocar também. Fazer o que, ele pode...  Ainda andamos juntos, mas com bem menos freqüência que antes, mas ele aprende muito comigo: Aperfeiçoou seus “gostos sociais”, mudou de área de estudo, largou alguns vícios e melhorou seu francês.
     Teve um que era uma coisa muito engraçada. Eu já escrevi dele em um texto... “Príncipe de Cristal” era o nome que eu tinha usado pra ele. Mais que merecido por sinal. Era um homem de verdade: Lutava, tinha um corpo legal, sempre de bem com a vida e de visual em dia. Porem, como nada é perfeito, ele tinha diversos problemas com sigo mesmo, sabem... Complexos... Coisas com as quais eu não podia ajudar por mais que quisesse. Acabamos não nos falando mais por uma infantilidade minha, uma crise de carência idiota que acabou com mais peso que o normal. É uma pena, pois adorava andar com ele, falar com ele... Este sim talvez tenha sido o mais normal de todos, um que eu ao menos chegava perto de entender...
     Não poderia deixar de falar dele: “Mon Petit Chat Noir”. Este é engraçado: Eu não o entendia, não tínhamos nada a ver um com outro (em todos os aspectos que você imaginar) e mesmo assim ele acabou sendo o primeiro com quem eu tive um “relacionamento”. Foi uma estória rápida, mas também foi a primeira vez que eu dei passos importantes em respeito a homens. Pena que quando eu fiz isso foi pra pedir pra ele me tirar de sua vida.
     Este ultimo parágrafo eu deixei pro homem mais complexo que eu conheço. Codinome? “O Garoto Roxo”. Sim, sou eu! O único cara que eu conheço que tem o dom de fazer as coisas mais simples se tornarem as mais complicadas possíveis. Às vezes me surpreendo com a minha incrível facilidade de formar vínculos sentimentais fortes. Em conseqüente, alem de já ser complicado demais, ainda aumento a complexidade de minha vida com minha “novela particular”. Bem, se depois disso voes não estiverem convencidos de que os homens são complexos, deixo aqui duas possíveis explicações: Ou você é mais complexo que todos estes que listei ou simplesmente pode ser um deles. Ou um, ou outro.