sábado, 24 de novembro de 2012

Físico, poeta, romântico e careta...


     Como todo bom físico, meu dever é refletir sobre o que vejo. E como todo bom escritor, meu oficio primário é escrever o que penso. Estou escrevendo este o pequeno texto após uma confraternização que fui. De fato, assumo que eu não deveria escrevê-lo ainda hoje, mas sei que amanhã não o escreveria. O motivo disso ficara mais claro nos próximos parágrafos. Agora me proponho a escrever três deles: Três parágrafos elucidando três grandes reflexões e/ou observações que tive hoje, bem como ilustrar alguns fatos.
     A primeira coisa é bem parecida com o meu ultimo texto. Na verdade, é uma reafirmação. Eu realmente não sirvo para pra este mundo que querem me empurrar. Não sou festeiro, não bebo, não “pego geral”, não faz parte de mim. Deixo o pudor muito bem preso ao corpo quando, por vocês meus leitores, escrevo contos eróticos. Os quais reitero que nunca vivi. Em alguns momentos me senti mal, sabem... Meio que um tomate no laranjal. Sei que é normal pessoas da minha idade se divertirem, entendo. Mas eu não sou forçado a ser assim, ninguém é... Talvez resolver equações de mecânica quântica seja mais do que o suficiente.
     Outra coisa é o beijo. Quando eu era novo, postei para vocês um texto sobre primeiro beijo. Realmente, meu primeiro beijo foi exatamente isso. Eu na realidade, como já disse, não sou de beijar pessoas por nada. Se formos contabilizar as bocas que beijei, a contagem poderá ser feita nos dedos de uma mão. Muito me entristece saber que desta contagem, os dois últimos foram em bons amigos por quem eu não sentia nada. Muito me assusta a naturalidade com que as pessoas inçaram um beijo. É quase um ato de comprimento... Dá-se um beijo com apenas alguns segundos de prelúdio pseudo-romântico... Sei lá do que acho disso... Mas só sei que dentre todas as coisas confusas que sinto, uma é tristeza.
     E a nossa ultima reflexão é talvez a mais poética das três: “Quanto vale uma pessoa em lágrimas?” Hoje pela milionésima vez chorei em publico pela mesma pessoa... É, meus amigos... As vezes a gente acha que aguenta  sabem... Mas não é tão simples assim, a vida vem e dá um tapa na nossa cara. E não é só chorar não. Me refiro as lagrimas contidas que ninguém nunca viu, me refiro aos anos de pensamento unívoco, me refiro à se arriscar em meio a uma multidão por alguém, me refiro a pegar chuva por alguém... Será que vale? Dizem que o melhor critério é o de avaliar o que a pessoa faria por você. É um pensamento muito feio, que não gosto nem de cogitar, mas se pensasse assim, sem divida iria responder que não vale. Mas eu não penso assim. Penso que depois das lagrimas pude sentar ao seu lado, pegar a sua mão... Pude olhar nos seus olhos e sorrir por que eles me fazem sorrir sem causa alguma especial. Pude te ver adormecer ao meu lado, com a mão na minha mão e a cabeça encostada em min. Saibam, meus leitores, o amor sempre vale cada lágrima derramada, mesmo por anos, mesmo que não recíproco, perante todos os meios... Quando se ama alguém de verdade, lagrimas não são nada... E esta pessoa, pra mim, vale todas as lágrimas que tenho para derramar.

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