quinta-feira, 8 de julho de 2010

Licantropia da Paixão

Existem poucas maneiras de tornar do nada
Um homem comum em um lobo uivante
E não estou falando de licantropia ou superstição
Estou falando da praga que assola os mortais
Estou falando da maneira que ficamos ao tocar-nos
Vemos o céu estrelado dando voltas ao nosso redor
Uivamos e gememos como lobos na noite da lua cheia
E nossas mãos e braços envolvem os corpos dos amantes
Assim como as patas fortes de um lobo cinzento
E assim como o tal, mordemos nossos companheiros
Que como vitimas gritam e gemem de dor ou prazer
E os corpos se fazem um, de uma maneira ou de outra
E o fato mais grandioso é a grande glória do inverno
No fim o quadro é sempre o mesmo de todas as noites
Dois amantes agarrados e silenciosos, adormecidos
Como o sublime lobo que descansa sobre a neve

3 comentários:

  1. wow, esse foi inspirado, hein. Muito lindo, o tipo de texto que tem a capacidade de fazer o leitor vizualizar, viver a história, como eu e Vanessa dizíamos, um texto quase apalpável. hahah Gostei muito mesmo *-*

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  2. Acho que até o meu comentário teve duplo sentido aqui. hahaha Nada mais ambíguo do que esse blog. hahahaha

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  3. Nossa '-' Eu esta meio com pe atas de ler o texto so pelo fato de vir parar neste blog ne Joao o/, mas eu gostei :D como sempre vc escreve otimos textos ;]

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